Hospital Metropolitano faz palestra para conscientizar sobre a doação de órgãos

Repórter: Thalita Chargel
Repórter Fotográfica: Thalita Chargel

Enfermeira Claudete Maria Balzan explicou o processo para doação de órgãos

Nesta segunda-feira (28), o Hospital Metropolitano de Alagoas realizou uma palestra para conscientiza sobre a doação de órgãos, como parte da campanha “Setembro Verde”. No auditório da unidade, os funcionários do hospital conheceram como é o processo de busca ativa de doadores de órgãos, desde a identificação de um possível doador até o acolhimento da família.

A primeira palestra foi ministrada pelas enfermeira e coordenadora de enfermagem da Organização de Procura de Órgãos (OPO), respectivamente Claudete Maria Balzan e Eleonora de Carvalho. Em seguida, as psicólogas do Hospital Metropolitano de Alagoas, Vera Cristina, Fabiana Amorim e Patrícia Vasconcelos, falaram sobre como preparar as famílias dos possíveis doadores e sobre a importância da implantação dentro do Hospital de um Centro Intra-Hospitalar de Doção de Órgãos e Tecidos pra transplante.

Segundo Claudete Balzan, Alagoas tem 377 pessoas na fila de espera

“Alagoas atualmente tem cerca de 377 pacientes esperando por um órgão, por isso é muito importante esse processo de Busca ativa. O Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Ainda temos um motivo maior para comemorar quando pensamos que 96% destes procedimentos são feitos pelo Serviço Único de Saúde, o SUS. Desde a cirurgia até o tratamento pós-transplante, com as medicações para evitar a rejeição do novo órgão, podem ser custeadas pelo SUS, através dos hospitais especializados até a farmácia de medicamentos especiais”, salientou Claudete Maria Balzan.

Tipos de transplantes – Existem três tipos de transplantes feitos: o entre pacientes vivos, podendo ser doado fígado, rim, pulmão e medula. O paciente por morte de parada cardíaca, quando é possível doar córnea e tecido. E o realizado através da doação de paciente com morte encefálica, onde é possível doar diversos órgãos e salvar a vida de até nove pessoas.

as psicólogas do Hospital Metropolitano de Alagoas, Vera Cristina, Fabiana Amorim e Patrícia Vasconcelos, falaram sobre como preparar as famílias dos possíveis doadores

A Esperança na Dor – No Brasil, ao contrário de muitos países do mundo, a doação de órgãos deve de ser consentida pela família. Por isso, o acolhimento dos familiares do paciente-doador deve acontecer do momento em que o paciente dá entrada no hospital até a entrega do corpo à família. “É preciso respeitar a dor, ter sensibilidade”, explica Fabiana Amorim, ao salientar que “a doação acaba ajudando a diminuir a dor do luto e a dar um sentimento de continuidade”.

A recusa da família é ainda uma das maiores barreiras na doação de órgãos, segundo explica Eleonora Carvalho. “Já tivemos números piores, de recusa de doação de até 72% dos doadores aptos. Hoje esse número caiu para 40%, mas, ainda é muito alto, quando pensamos na fila de pessoas esperando por um órgão. Por isso, é fundamental que você, caso queira ser doador de órgãos e tecidos, comunique sua família sobre a intenção”, salientou a coordenadora de enfermagem da OPO.

Deixe um comentário